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Mostrando postagens de dezembro, 2015
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Não podia me furtar de escrever sobre o ano, nesse último dia. Sou dada a retrospectivas e resoluções, a maioria, fica perdida num rascunho de email qualquer. Mas se eu prometi voltar ao blog, talvez seja salutar esse momento para fazer um contato com o que sou através das palavras. No fim do ano passado eu tinha pouquissíma esperança de um ano melhor. E acho que 2015 não foi de todo ruim. Criei uma proximidade maior comigo, em diversos aspectos. O mais aparente deles, meu cabelo. Eu escrevi e sofri um processo de transição, entre o cabelo cacheado e o liso. Não foi fácil, mas foi uma bela metáfora para vida. Cachear-se é um processo de gostar de si mesmo, implica em ter muita verdade com o que se é, coragem para cortar o que não por muito tempo consideramos ser nosso(o cabelo e as ideias), mas não cabe mais. Blindagem à críticas, mas sem desmerecer a palavra do outro, que chega indicando um produto ou uma nova forma de fazer aquilo que, pensava-se, fazia bem. E esperar. Ter muita
Muitos de vocês não devem ter contato com a sensação de ser café com leite desde a infância, quando seus irmãos mais velhos diziam que você não podia ser pego na brincadeira de pega-pega. E tem dias que até deseja que seu chefe passe pela sua mesa e deixe aquela caralhada de papel na mesa ao lado, ao fitar seus olhos cansados, "hoje você não vai precisar entregar os relatórios, você é café com leite". Porém se isso acontecesse todos os dias da sua vida, se seu chefe passasse por você e não te achasse capaz pelo trabalho, ou se você não pudesse brincar como os outros, você ia gostar? Pois é assim que eu me sinto, quando vejo a maioria lidando com minha deficiência. Se eu te contasse a quantidade de vezes que alguém se ofendeu e puniu meu amigo por algo que eu, que fiz exatamente a mesma ação, não recebi nenhuma punição você no primeiro momento poderia dizer "olha que sortuda". Mas a sorte vira o revés de ser posto sempre em segundo plano, na reserva, no gol. Esse