Tem uns dias que eu descobri que eu não escrevo no blog porque eu quero escrever demais, minunciosamente.
Como não é nada muito importante isso aqui, vou passar a escrever mais. Pra vomitar as milhares de coisas que zanzam na minha cabeça e me irritam profundamente.

Eu já estava angustiada com o fato de que eu estou me tornando uma pessoa extremamente intolerante. Mas, como sempre faço, nem sempre acertadamente, procurei algo pra justificar: a Experiência.
Sim, por mais que as pessoas digam que, à medida que você vai envelhecendo, você fica mais sábio, mais comedido pela luz da experiência, eu acredito que você passa a ver a vida com cada dia mais desprezo e intolerância.
Se você passou por uma experiência ruim com gatos, por exemplo, você tem uma chance boa de não criar uma visão errada deles eternamente, vez que há a possibilidade da próxima experiência ser boa.
Agora, se você já conheceu milhares de gatos, desde os mais recomendados pelos amigos, grandes ou pequenos, feios ou bonitos, domesticados ou de rua e todos eles foram só atestando que gato é tudo igual, que a experiência negativa da primeira vez é algo que se repete, então você se torna irremediavelmente intolerante.
Você, do alto de sua rabugentice progressiva, dirá: "Não me venham com gatos, eles não prestam. Eles são arredios, eles se lambem* ou seja lá qual foi o defeito felino que você encontrou* não gosto"
É assim que eu me sinto. Minha rabugentice progredindo geometricamente. Porque as minhas experiências só me trazem a certeza de que as coisas se repetem. Certas pessoas sempre casarão com certos comportamentos. Certos lugares sempre trarão certas lembranças. Certas idéias sempre viverão nas cabeças de certas pessoas.

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