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Mostrando postagens de setembro, 2010

If You Never Come to Me

"There's no use Of a moonlight glow Or the peaks where winter snows What's the use of the waves that will break In the cool of the evening What is the evening Without you It's nothing It may be You will never come If you never come to me What's the use of my wonderful dreams And why would they need me Where would they lead me Without you To nowhere Just nowhere"
Pensou em tudo o que ela disse. Não quis ser cruel e dizer o que estava na sua cabeça. Apenas, arriscou, sabia que a outra ia rir e não entenderia sua poesia: "Ah, acho que pela força no hábito faço assim. Nunca coloco só os pézinhos na água, tenho que mergulhar de uma vez. Nunca saí de uma água gelada, por medo do frio. Sou assim, fico ali curtindo até onde puder, depois me seco. Faço o mesmo com minhas lágrimas. Tenho algumas toalhas ali, esperando o momento, se vier." E sorriu. A outra, sorriu também. Não quis saber o que aquele sorriso significava. Só quer saber que o sorriso dela, agora, existe.

Ao meu Pai.

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Pai, 10 anos que te levaram embora. Dizem, as vezes, "ele se foi". Mas você foi levado, né? Arrancado. Passou rápido, mas nada indolor. E eu escrever hoje, logo no aniversário de morte, é até meio esquisito, já que não houve um dia sequer nesses 3650 dias que eu não tenha pensado em você. Mas, tenho certeza, você sofre ao me ver triste, então, vou te contar algumas coisas que eu aprendi e estou sentindo e tenho certeza que você vai ficar contente em saber. Tá, eu sei que você me assiste todos esses dias, e observa cada movimento, mas eu quero te contar só pra ter certeza que você reparou nesses detalhes. Eu puxei a você. É, você já sabia disso quando se foi, mas eu ainda sou muito parecida com você. Penso que tudo o que você me ensinou é como Princípios constitucionais, norteiam todo o entendimento que tenho sobre a vida e me ajuda a aplicar nela as "leis". Cláusulas Pétreas, não vão mudar, o seu amor me marcou de tal forma que é impossível eu me ver dissociada de s
Nasceu numa caverna. Tinha vista pro Vale e um lago azul, onde a luz batia às 11:43. Lindo lá, tinha muita coisa, mas ainda assim era uma caverna. E as outras crianças vinham lhe visitar, por volta das 11:30, aproveitar o lago, curtir, rir com ela que sempre foi engraçada. Mas nos tempos de festivais, onde era preciso ir até o Vale para ouvir a música e sentir os cheiros das comidas feitas para os Deuses, as outras iam e a Menina continuava na Caverna, não podia sair. Seus pais traziam as mais belas flores, o que a deixava muito contente. Mas os festivais foram se intensificando, ela foi crescendo, mergulhada em seus hobbies na caverna. Entrando em contato com o mundo pela caverna, por pássaros, morcegos e cartas. Enquanto as outras crianças corriam por aí, em busca de tudo que ela sabia que existia, embora não pudesse tocar. Todos cresceram, ela e as crianças. Hoje, adultas, querem retornar à sua caverna. Ela, sente-se mal, pensa que deveria acolhê-los, mostrar-lhes os segredos e praz
Difícil lidar com a paz. Primeiro, como reconhecê-la? Nomea-la, diferenciar ela de todos os outros momentos em que só era uma leve brisa de sossego, a espera de algum desastre. Acho que a paz repousa na certeza de que não há plenitude. Tudo precisa do equilíbrio. Saber que ela pode hesitar e simplesmente desaparecer, mas que voltará, tão logo as coisas se ajeitarem. Nesse momento em que colho frutos, só preciso estar atenta. Atenta, não acuada. Não esperando o pior. Apenas aproveitando, sem me esquecer que erros foram cometidos. Por mim, principalmente. Não posso controlar os erros alheios, somente os meus. Então, cabe a mim não repeti-los. Tentarei me equilibrar em meio a essas borbulhantes experiências. Provarei do novo, sem ignorar o que aprendi com o passado. E se há um conselho que eu dou, nesse momento, é: "Não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe."